Cada vez mais há portáteis equipados com dois processadores gráficos, um integrado no chipset (IGP - Integrated Graphics Processor) e outro, mais poderoso, dedicado e autónomo. Esta arquitectura permite utilizar o IGP em ambiente Windows, poupando assim energia, e o GPU (Graphics Processing Unit) dedicado em aplicações graficamente mais exigentes - os jogos, por exemplo. O problema é que, até agora, esta comutação entre processadores gráficos está longe de ser perfeita. Ou exige um reinício do sistema para carregar um novo driver ou, no mínimo, do sistema gráfico (o ecrã vai a negro durante um ou dois segundos). E, talvez ainda mais importante, estas arquitecturas não conseguem desactivar por completo o GPU dedicado, mesmo quando só o IGP está activo, o que afecta a autonomia do portátil.

A tecnologia Optimus é apresentada pela Nvidia como a melhor solução de duplo GPU lançada até ao momento. Tem como base uma nova funcionalidade do Windows 7, que permite que o driver do GPU encaminhe trabalhos de processamento para outro processador gráfico.

O Optimus funciona de modo automático graças ao driver da Nvidia. Isto significa que o GPU dedicado só entra em funcionamento quando é necessário, ficando totalmente desactivado quando o desempenho do IGP é suficiente. Nesta arquitectura não é necessário realmente comutar entre GPUs, já que só o IGP está ligado ao ecrã, recebendo sinal do GPU dedicado quando este está em funcionamento.

Outra grande vantagem do Optimus é ser compatível com IGPs da Intel, o que significa que um fabricante de computadores pode utilizar o IGP existente nos novos Core i3 e Core i5 e complementá-lo com um processador gráfico mais poderoso da Nvidia.

Como a Nvidia está judicialmente proibida de fabricar chipsets para os novos processadores da Intel, o Optimus acaba por ser uma solução muito importante para a Nvidia, que deste modo pode continuar no mercado dos portáteis com arquitectura de dois GPUs.

Por enquanto, só a Asus anunciou portáteis com esta tecnologia.

Há mais alguém por aí com a sensação de que as empresas de TV por cabo nos estão a usar como beta testers dos seus serviços?

O ponto de viragem deu-se há dois meses, quando passei do serviço analógico para o digital. E isso só aconteceu porque descobri, por mero acaso, que a Zon estava a oferecer um serviço triple play a um custo inferior ao do meu serviço de TV Clássico mais net de 4 Mb. Mas estou a adiantar-me na história. Voltemos atrás.

Portanto, o ponto de viragem deu-se há dois meses. Depois de ter passado do serviço analógico para o digital, passei a fazer parte das estatísticas, daqueles clientes que reclamam constantemente da qualidade do serviço - algo que, até aí, achava um exagero. Como é possível que uma empresa ouça as mesmas reclamações repetidamente, e não faça nada para o alterar?

A triste realidade é isso mesmo que acontece, e fica-se com a sensação de que o serviço digital foi algo lançado à pressa, por força das circunstâncias, e que são os clientes que acabam por "pagar as favas", reportando à Zon os vários bugs que vão encontrando no serviço.

Comecemos pelo rol de queixas sobre a qualidade da box.

Esta box está, certamente, na lista negra da Quercus. O raio do bicho está sempre ligado, mesmo quando eu lhe digo para entrar em standby. Como é que é possível? E quem sofre sou eu, com a conta eléctrica a aumentar no final do mês, já para não falar do constante zumbido de ventoinhas e disco rígido em funcionamento.

Outro problema grave é o facto de a apagar filmes de forma aleatória, já para não dizer que encrava nos momentos mais inoportunos - e eu que pensava que uma simples pausa na emissão em directo iria funcionar como anunciado.

Falta de qualidade do aparelho ou do software que o comanda à parte, tenho também de comentar o videoclube. É vulgar aparecer um ecrã azul a dizer que não há sinal e que não é possível aceder ao videoclube. O terceiro técnico que foi lá a casa por causa deste assunto disse que nem a Zon sabia a razão de tal comportanmento, e que os engenheiros estão a trabalhar numa solução. Ah, e que "nos entretantos", devia desligar a box da electricidade e voltar a ligá-la, para ver se o aparelho apanha o IP correcto... Faz sentido. Afinal, nos computadores quando algo não funciona, desliga-se e volta-se a ligar!

Também não percebo porque razão o National Geographic HD não tem o som sincronizado com as imagens. Não sei quanto a vocês, mas a mim enerva-me estar a ouvir o som três segundos depois de os lábios se terem movido. Talvez seja porque me lembra dos tempos da novelas venezuelanas dobradas em brasileiro, ou então é porque distrai e torna mais difícil perceber o que dizem os senhores, que falam em "estrangeiro".

A Zon não acreditou, a princípio, nesta minha queixa sobre a sincronização do som no NatGeo HD. Foi preciso ir um técnico lá a casa (mais um!), que se limitou a ligar para a central para confirmar aquilo que eu já tinha reportado. Sim, isso mesmo: o Sr. não fez qualquer intervenção, porque não havia nada para reparar. O problema é mesmo da Zon. Ainda estou à espera do contacto da empresa sobre este assunto e, entretanto, o canal continua igual... Se não menos o software da box agisse como o Gome Player, eu tinha a liberdade para soncrinizar manualmente o som com a imagem. Assim, dependo da boa vontade da Zon.

Portanto, a conclusão que tiro daqui é que somos nós, os clientes, que andamos a fazer de beta testers a um serviço que não estava afinado para ser lançado.

Despachem-se, Srs. da Zon, a limar as arestas do vosso serviço. É que no outro dia recebi a visita de uma Sra. muito simpática da Clix, dizendo que não tinha de cumprir o contrato de permanência de um ano convosco, caso não estivesse satisfeito com o serviço. E a Clix já tem Fibra no meu prédio...